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Entrevista – Silva fala sobre a produção de seu novo álbum ‘Cinco’

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Na última semana, o Silva lançou o álbum “Cinco”, misturando diversos gêneros, como o MPB, samba e jazz, e com participações da Anitta, do rapper Criolo e de João Donato.

Na entrevista, o cantor nos contou que começou a fazer o álbum no início da pandemia para não preencher as pessoas a sua volta com o seu próprio tédio. Com isso, procurou produzir o seu trabalho atual misturando os gêneros em que mais ouve.

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Além disso, um fato pode se destacar: “Cinco” foi todo produzido em um formato analógico, no qual falou que está realizando uma vontade que queria há muito tempo. Silva ainda fala de como surgiram as parcerias e muito mais.

OA – O “Cinco” foi o resultado de uma soma de diversos fatores de sua vida, como ser o quinto álbum de sua carreira e pelo fato do seu nome e o de Lúcio terem cinco letras também. A partir de que momento surgiu a ideia de sua produção?

Silva – “Quando comecei o álbum, era o comecinho da pandemia. Já tinha músicas compostas, mas comecei a produzir quando já estava rolando. Todos nós temos o nosso tédio na vida. Quando vou fazer música, eu não quero preencher a pessoa com meu próprio tédio, dar mais esta angústia para ela. Busco, com as minhas ideias, esse lugar longe daqui. Eu amo ouvir que a minha música levou leveza para alguém, mas eu também faço isso para mim. Preciso disso. A música que finaliza o disco, que é um samba, assim como todas as outras, é sobre isso: algo que queremos viver, dias melhores. Vibra sentimentos bons, coisas que gosto, momentos que queremos viver.”

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OA – As músicas tem uma sonoridade que misturam o samba, o MPB, a Bossa Nova, o Reggae e demais outros gêneros. Como aconteceu a ideia dessa diversidade para o álbum?

Silva – “Acho que com esse disco eu cheguei mais próximo do som que sempre ouvi. Sempre ouvi e gostei muito de reggae, por exemplo, mas ainda não tinha experimentado fazer. Acho que esse caminho da diversidade é um caminho sem volta na minha vida.”

OA – Uma coisa que chama atenção é o fato dele ser produzido totalmente de forma analógica. Qual foi o motivo para este método de ir na contramão da tecnologia atual? É a primeira vez que você trabalha assim?

Silva – “Eu sempre quis trabalhar desta forma, mas nunca tinha tido a oportunidade. São brincadeiras mais financeiramente inviáveis. Tinha esse som na cabeça, desde que eu comecei a ser artista. Gosto muito deste tipo de música porque acredito que elas envelhecem bem, sabe? Vai mais perto do clássico.”

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OA – Falando de tecnologia, você é uma pessoa ligada nas tendências tecnológicas ou mais vintage/retrô?

Silva – “No quesito tecnologia eu me considero uma pessoa do meu tempo, nem muito à frente nem muito atrás. Procuro usar o máximo do que está disponível pra mim no agora.”

OA – “Cinco” ainda tem parcerias de Anitta, João Donato e Criolo. Como foi a ideia delas para o projeto?

Silva – “No princípio não ia ter feat algum, mas acho que as participações abrem as caixinhas de possibilidades dos discos, para flertar com outros públicos e estilos. Com Anitta fiquei um pouco receoso, porque nosso primeiro feat era relativamente recente, mas quando mandei ela adorou e me devolveu a voz em 5 dias. Adoro Anitta por isso, ela é dedicada e muito profissional. Criolo já tinha encontrado algumas vezes. O último réveillon, passamos na mesma festa, em Salvador, e foi quando conseguimos conversar e acabei falando pra fazermos algo juntos. Do jeito dele, ele me falou ‘não vamos ficar combinando, quando você tiver algo me manda.’ E quando surgiu Soprou, não pensei em outra pessoa, ele adorou música e ainda compôs aquela segunda parte. Eu amei. Ter Donato no disco é um presente. Ele é um dos maiores artistas do mundo. Eu o chamei, porque sou muito fã e ele mudou a música toda. Era um samba mais aceleradinho, ele fez a música virar uma bossa linda. E fez os arranjos. É muito chique ter o Donato no disco.”

OA – Quais são os seus projetos futuros e o que público pode esperar do Silva daqui pra frente?

Silva – “Quero muito poder fazer uma turnê do Cinco, mas claro que quando isso for seguro. Pro ano que vem, também pretendo lançar mais clipes do álbum. De resto, acho que precisamos esperar para ver o que vai acontecer, rs.”

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