By Hoje o Diário Oficial da União (DOU) publicou a suspensão do edital que selecionava a exibição de séries sobre diversidade de gênero e sexualidade na TV pública por 180 dias (podendo ser prorrogada por mais 180 dias). A decisão foi assinada pelo ministro da cidadania Osmar Terra.
A decisão ocorre após o presidente Jair Bolsonaro criticar quatro séries que estavam no projeto em mais uma das suas lives no Facebook, alegando não ia permitir que a Agência Nacional de Cinema (Ancine) liberasse verba para essas produções.
Opinião – Já viu um país sem cultura sem cultura ser desenvolvido? Claro que não! Logo, o nosso governo não queria que sejamos desenvolvidos, apenas fantoche de suas ignorâncias. Proibir séries com temáticas que discutem a diversidade que há em nosso país é o retrato da momento retrógrado que estamos vivendo.
Aliás, estamos vivendo dias sombrios em relação a cultura. A limitação da Ancine implicará em menos obras que mostram a cara do Brasil e mais que mostram a ideologia do presidente: conservadora e religiosa. Não quero viver num país com poucos filmes nacionais sendo lançado durante o ano e ainda no estilo “Nada a Perder”, que sempre “bate recorde” de bilheteria a cada estreia. Tsc.
Se formos parar para analisas as quatro obras citadas pelo Bolsonaro, TODAS são necessárias para a atualidade, vamos analisar “Transversais” para ver o conteúdo.
Transversais: documentário divido em cinco partes em que cada uma retrata a história e os sonhos que de uma pessoa trans que moram no Ceará. Se para o ignorante e nepotista do Bolsonaro não é importante, para a sociedade é! Segundo a Antra (Associação Nacional de Trans e Travestis), o Ceará é o segundo estado com mais assassinatos de trans e travestis em 2019, perdendo apenas para São Paulo.
Nós não queremos censura, queremos espaço no audiovisual!
