
Day Limns lançou hoje (12) seu segundo álbum de estúdio, “VÊNUS≠netuno”. O álbum fala sobre a dificuldade de aliar a espiritualidade com o mundo terreno, o bem e o mal e como isso afeta todas as nossas relações humanas.
A cantora, que viveu por anos na Igreja, fala muito sobre a culpa de não ser suficiente. “Estava tudo muito à flor da pele e a culpa foi desencadeada. Não me fizeram sentir assim, mas reagi baseada na minha vivência. Pensava: ‘Eu era muito ruim, eu sou um lixo, uma cruz para aquela pessoa’. Percebi que a minha necessidade de endeusar alguém vinha muito desse lugar, de crescer precisando de salvação.”, explica DAY LIMNS.
O álbum fala principalmente sobre ser quem é e assumir o que vem com isso. Fala sobre a expectativa desmedida em cima do outro, que nem sempre é o que esperamos, até porque isso é uma projeção nossa. “Tive a ideia de falar sobre o relacionamento da perspectiva de alguém que viveu na igreja por muito tempo. Tratando essa pessoa como se fosse uma deusa mesmo, uma coisa romântica e idealista. O resultado de colocar alguém no pedestal é que você se sente inferior. É uma expectativa irreal e injusta que você coloca na pessoa e que ela nunca vai atingir porque é tão humana quanto você”, diz DAY.
Com participação de Froid em “Cinzeiro” e Hyperanhas em “APOCALÍPTKA”. Outra participação que chamou a atenção na internet foi de Carol Biazin na composição de “CACOS” e “VERMELHO FAROL”.
VÊNUS≠netuno é uma viagem para dentro de si e da dualidade de sentimentos de uma pessoa da comunidade LGBTQIA+ criada dentro da Igreja. Day mostra força, inteligencia e talento para enfrentar o preconceito e viver seu sonho.