
Conheci a Gabrielle e o Ivan, fundadores da Toy Box Lab, entre o primeiro e o segundo dias da BGS 2019, no meio da Avenida Indie. Tive a chance de entrevistar a Gabrielle! Se vocês quiserem saber mais sobre a empresa e o jogo que eles irão lançar dia 01/11, fiquem antenados nas redes sociais da TBL, no site e no Reddit também!
Confira nos links a seguir:
Para comprar o jogo: Steam
Instagram: @toyboxlab
Reddit: r/Anthropomachy
Youtube: Toy Box Lab – Trailer de Anthropomachy
Facebook: @toyboxlab
B: Muito obrigada por aceitar que nós do OA te entrevistassemos!
G: Imagina, o prazer é nosso!
B: Primeiro, fale sobre você.
G: Então, eu sou a Gabrielle, fundadora da Toy Box Lab, junto com o Ivan. Temos a empresa funcionando desde 2017, quando começamos a desenvolver os primeiros passos do Anthropomachy. Oficialmente, ela existe desde o ano passado.
B: Como vocês se juntaram para formar a Toy Box Lab?
G: A empresa surgiu porque a gente trabalhava em empresas grandes, mas a gente não estava muito feliz com a forma que a gente trabalhava, não eramos do setor de games ou algo do tipo. Ivan trabalhava no setor financeiro, enquanto eu trabalhei com entretenimento, com mercado financeiro também… e a gente gostava muito da ideia de ter uma empresa própria e de trabalhar com coisas criativas.
Eu sempre gostei muito de escrever, eu tenho “meia” formação em design (risos), ele sabe programar e sempre foi alucinado por games e eu também, desde pequena. Até que um dia, a gente falou: “Vamos fazer uma empresa de games! É a nossa cara!”. Logo que a gente formou a empresa, tinhamos uma ideia para um jogo, que é o Anthropomachy, que a gente trouxe aqui para a BGS.
B: No que consiste o Anthropomachy, seu primeiro filho?
G: Bom, o Anthropomachy é um jogo de estratégia. A galera daqui da feira (que viu o jogo) começou a falar: “Nossa! Ele é um Plague Inc. misturado com War!”, e estamos definindo ele assim desde então. Enfim, nele, o que acontece: você é um deus grego tentando convencer as pessoas da terra a te reverenciarem. Cada país no mapa tem 9 atributos que são impactados pelas habilidades do deus.
Cada deus tem 20 habilidades, que são fiéis a mitologia grega, com um toque contemporâneo para poder influenciar, de fato, essa realidade no séc. 21. Com essas habilidades, você vai impactando os países pelos atributos. Você pode abençoar (deus com uma honra benevolente) ou amaldiçoar (deus com honra malevolente) e tudo isso se converte em bônus.

B: Quais elementos a mais são chamativos?
G: Durante o jogo, há diversos eventos nos quais você precisa tomar decisões. Eles te dão bonus – tanto de honra, quanto de traço, até mesmo de fé, que é a moeda do jogo. Há os templos também. Você, como um deus, não vai aparecer para meros humanos! Por isso, temos os sacerdotes, que espalham a palavra do seu deus escolhido.
Se você tomar decisões erradas, o ceticismo é gerado. É o maior inimigo possível no jogo, porque um deus não pode querer que as pessoas sejam céticas em relação a existência dele, né? Quando você chega a 25% de ceticismo, até mesmo pessoas que já eram convertidas para a fé do deus escolhido começam a ficar céticas. Mas, se você alcançar 50% do mundo em conquistas, você vai começar a converter até mesmo aqueles que eram céticos. O jogo é ganho quando você converte 75% do mundo.
Além dos principais deuses, que são os mais conhecidos dentro da mitologia grega, como Atena, Ares, Perséfone (que é minha favorita!), Dionísio, há também os secundários, como Hebe, Aiolos, Tálassa, legais de usar após do final do jogo.

Às vezes, tem um país que você quer muito impactar, como a China, que tem uma população bem densa e representam uma porcentagem bem grande do planeta. Vamos supor que você esteja jogando com Hades e ele não impacta na educação e a porcentagem de educação na China seja bem negativa. Com certeza vai ter um deus secundário que vai ajudar a melhorar a educação.
B: Vocês vão lançar o Anthropomachy, em novembro. Vocês já pensaram em conceitos para outros jogos? Se sim, vocês querem lançar mais jogos como o Anthropomachy ou querem ir para outros campos?
G: O Anthropomachy é um jogo de estratégia e nós com certeza queremos que a empresa vá para frente e que seja nosso modo de vida! Temos até ideias para um próximo jogo, mas não segue a linha de estratégia. É um RPG aí, estamos combinando detalhes ainda, mas é algo que lembra alguns jogos mais antigos da Nintendo, lá da década de 90. Assim que a gente lançar o Anthropomachy, dia primeiro de novembro, vamos descansar por um mês ou dois e vamos trabalhar no projeto desse jogo, que deve ser em Pixel Art.
B: Queria que você falasse sobre as maiores dificuldades que vocês sofrem ou pensam que podem sofrer por serem uma empresa independente.

G: Como somos nós dois trabalhando com dinheiro próprio, sem patrocínio ou investimento nenhum… a primeira dificuldade é a de se manter e a de manter a empresa. Existem algumas outras; as vezes, por você ser indie, é difícil de conseguir contato com a Nintendo, com a Microsoft, ou ter acesso a um Dev Kit, ou até arranjar contato é complicado. Até se expor em lojas, como a Epic Games, a GoG, é difícil.
Não temos braço para fazer tudo sozinhos. Por exemplo, o marketing do nosso jogo não foi super explorado, acabou sendo deixado de lado para que fizessemos artes, o conteúdo, que é super massivo, codificar o jogo… é complicado.
Mas resumindo: dinheiro, mão de obra, para que a gente não demore 5 anos para desenvolver jogos e também, contatos, para que a gente consiga, por exemplo, lançar o jogo para console.
B: Além de games, vocês já pensaram em seguir outros ramos? Por que você tem um pouco de graduação em design, Ivan sabe programar…
G: Games foram a primeira opção que a gente teve. É isso, sabe? Eu sempre gostei muito de escrever e de criar. Não tem nada mais legal do que fazer uma história interativa e fazer, quem está jogando, se envolver na história. Criar games é algo incrível e não pretendemos fazer nada mais além disso.
B: Eu queria agradecer muito essa chance que eu tive de entrevistar você…
G: Imagina!
B: Queria ter entrevistado o Ivan, mas ele tá super ocupado, atendendo todo mundo.
G: (risos) Tá tudo muito doido!
B: Desejo a vocês muito sucesso! Que muitas pessoas venham aqui e peguem um brindezinho de deus grego…
G: Claro! Os cardzinhos estão fazendo sucesso até, todo mundo adora um deus grego! Obrigada, viu? O prazer é meu, de ter sido entrevistada e ter a oportunidade de divulgar nosso jogo e nossa empresinha.