
Nesta sexta-feira (23/05), o grande fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado nos deixou aos 81 anos de idade.
Para quem não o conhecia, ele foi um dos maiores fotógrafos documentais do mundo, reconhecido por seu olhar sensível e humanitário. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, em 1944, Salgado construiu uma carreira internacional marcada por registros impactantes que retratam a realidade social, econômica e ambiental de diferentes povos e regiões do planeta.
De economista a fotógrafo mundialmente reconhecido
Formado em Economia, Sebastião Salgado só iniciou sua carreira na fotografia na década de 1970, após se mudar para a Europa. Em 1973, decidiu abandonar a economia para se dedicar exclusivamente à fotografia documental.
Desde então, Salgado percorreu mais de 100 países, documentando temas como trabalho, pobreza, migração, conflitos, meio ambiente e povos isolados. Seu trabalho se destaca pela profundidade, pela empatia e pelo compromisso social, sendo referência no fotojornalismo e na fotografia artística.
Obras e projetos de destaque
Entre seus projetos mais famosos estão:
- “Trabalhadores” (1993) – Uma homenagem aos trabalhadores manuais ao redor do mundo.
- “Êxodos” (2000) – Relato visual dos fluxos migratórios e dos deslocamentos humanos.
- “Gênesis” (2013) – Uma celebração das belezas naturais do planeta e dos povos que ainda vivem em harmonia com a natureza.
Além dos livros fotográficos, Sebastião Salgado também é conhecido pelo documentário “O Sal da Terra” (2014), dirigido por Wim Wenders e seu filho, Juliano Ribeiro Salgado, que foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário e premiado em Cannes.
Compromisso com o meio ambiente
Junto com sua esposa, Lélia Wanick Salgado, o fotógrafo fundou o Instituto Terra, organização dedicada à recuperação ambiental da Mata Atlântica no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. O projeto já recuperou milhares de hectares de floresta e serve de exemplo mundial em reflorestamento e sustentabilidade.
Legado de Sebastião Salgado
Sebastião Salgado não foi apenas um fotógrafo, mas também um contador de histórias da humanidade e defensor da natureza. Seu legado ultrapassa as imagens e se traduz em um chamado à reflexão sobre as desigualdades sociais, os direitos humanos e a urgência da preservação ambiental.