Na última terça (30), Jair Bolsonaro (PL) voltou a se irritar com jornalistas por ser questionado sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo por parte da sua família.
“Qual é o problema de comprar com dinheiro vivo algum imóvel, eu não sei o que está escrito na matéria… Qual é o problema?”
De acordo com a informação publicada no UOL, desde a década de 90 até os dias atuais, o presidente, irmãos e filhos negociaram 107 imóveis, dos quais quase a metade, 51, foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declaração dos próprios integrantes do clã.
Segundo a publicação, as compras registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”, expressão padronizada para repasses em espécie, totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo IPCA, este montante equivale, nos dias atuais, a R$ 25,6 milhões.
Porém, não é possível saber a forma de pagamento de 26 imóveis, que juntos somam R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos). O motivo é que esta informação não consta nos documentos de compra e venda. Já por transações por meio de cheque ou transferência bancária aconteceram com 30 imóveis, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA).
Ao menos 25 deles foram comprados em situações que suscitaram investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal.