
Criadora e criação
A sublime perfeição (ôô)
A luz de Obìnrin
Òriṣà, assim é raro
É Ìyá que tem o faro
Pra amar depois do fim
As senhoras do segredo
Do feitiço e do tempero
Sua força é Gẹ̀lẹ̀dẹ̀
E na grande encruzilhada
O oceano foi estrada
Sem perder a sua fé
Quero benção de Mainha
Milagrosa benzedeira
Ìyágbásé rege a cozinha
Ganha a rua quituteira
Ìjẹ̀ṣà… Pão da terra é Pàdé
Se o pedido vem do ventre, só a fé vai conceber
Ara que teu seio tem fulgor
E semeia de amor pela forma mais perfeita
Rega pelas lágrimas de Deus
Cada um dos filhos seus
A paixão pela colheita
Embala eu, mamãe…
Teu colo é chão onde eu quero morar
Assim a nova mátria nascerá
Entregue a elas o poder
“Rogai por nós,
Santa dos altares e terreiros!”
Maria, me envolva em teu manto
Ó Mãe Preta do Arranco!
É samba de Ìyàwó, na curimba de mulher
Quem não pode com mandinga
Não carrega meu Àṣẹ
Tenho sangue de rainha, que o sagrado alimenta
Ìyálorìṣà que homem nenhum enfrenta