Carnavalesca da Mocidade Independente de Padre Miguel, Márcia Lage morreu neste domingo (19) aos 64 anos. A artista lutava contra uma leucemia.
Márcia retornou a escola neste ano ao lado do marido, Renato Lage, e estava desenvolvendo o enredo “Voltando para o Futuro – Não há limites pra sonhar”, que faz um manifesto sobre o futuro da humanidade. “A Mocidade Independente de Padre Miguel informa, com profundo pesar, o falecimento da carnavalesca Márcia Lage. Vítima de leucemia, a brilhante profissional nos deixou na manhã deste domingo, dia 19 de janeiro. Márcia colocou o seu talento a serviço da Mocidade por diversos carnavais. Novamente, em trabalho conjunto com Renato Lage, ela assina o carnaval de 2025. Comunicamos o luto e a suspensão das nossas atividades sociais por tempo indeterminado, incluindo o ensaio de rua de hoje.”, informou a escola em nota publicada no início da tarde de ontem.
Um dos grandes nomes do carnaval, Márcia trabalhou na Mocidade sempre em parceria com o marido, Renato, primeiro como assistente e, a partir de 2002, assinando os desfiles a seu lado. Além da escola da Zona Oeste, Márcia e Renato fizeram sucesso no Salgueiro, ond e estiveram de 2003 à 2017. Ao longo da carreira, Márcia também trabalhou na Portela, Império Serrano (onde, em trabalho solo, conquistou o título do Grupo de Acesso A em 2008), Império da Casa Verde e Vai-Vai. Ela iniciou a carreira nos anos 80, como assistente.
Intérprete e compositor também faleceram
A partida de Márcia completou um fim de semana triste para o mundo do carnaval. Na noite de sábado, o intérprete Luizinho Andanças morreu aos 61 anos, vítima de complicações de um AVC que sofrera no início do ano. O cantor teve passagens marcantes pela Acadêmicos de Santa Cruz, onde esteve até o ano passado, e na Unidos do Porto da Pedra, escola que defendeu entre 2005 e 2011. Andanças ainda teve passagem por Mocidade, Unidos de Padre Miguel e Inocentes de Belford Roxo.
Também no sábado faleceu o compositor José Glória da Silva Filho, o Zé Glória, aos 72 anos. Ao longo da carreira, compôs sambas para escolas como Mocidade, Viradouro e Inocentes de Belford Roxo, conquistando duas vezes o Estandarte de Ouro, principal premiação do carnaval do Rio: em 2016 com “O Alabê de Jerusalém”, pela escola de Niterói, e 2018, com “Namastê! A estrela que habita em mim saúda a que existe em você”, na verde e branca da Vila Vintem.