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Crítica – ‘Space Jam: Um Novo Legado’ é uma vitrine nostálgica que favorece o HBO Max

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“Space Jam: Um Novo Legado” vai além de um filme só do Looney Tunes. É uma produção em que a Warner dá inicio ao seu próprio mundo o “Warnerverso”, inspirado no Aranhaverso e demais versos que vemos por aí desde então.

A história gira em torno do LeBron James e da captura de seu filho pelo algoritmo da Warner, no qual tem jogar uma partida de basquete dentro do mundo dos estúdios para resgatá-lo e ambos voltarem ao mundo real. Para isso, o famoso jogador de basquete acaba indo para o Mundo Looney Tunes e lá se encontra com o Pernalonga, que o ajuda. A partir daí, e iniciada uma série do crossover que serve de gatilho para as nossas memorias afetivas e até mesmo as atuais.

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Foi uma boa sacada realizarem isso, pois diferente do primeiro filme de 1996, o mundo da Warner vem se expandido cada vez mais, atoa que os clássicos personagens passeiam desde a DC com a Mulher-Maravilha até mesmo o clássico “Casablanca’, chegando até ter uma rápida aparição do universo de “Game of Thrones”, dos personagens Rick And Morty e uma citação a TNT, algo até então inédito para os estúdios e os personagens da animação. As referências não ficam só ao mundo externo a da turma do Pernalonga, na produção ainda há citações a momentos clássicos envolvendo o coelho e o Patolino, em que é alerta de forte gatilhos de emoções.

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Além de ser uma boa ideia para o filme, serve também como uma propaganda do HBO Max, que recentemente chegou ao Brasil e tem grande parte dos citado em seu catálogo. Convenhamos que vivemos uma era em que se tornou fácil lucrar com a memória afetiva. O Disney+ esta aí para isso. Com isso, o filme dialoga com todas as idades.

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Apesar desse ser o grande destaque, a relação complicada entre LeBron e o seu filho, no qual não o aceita na carreira de gamer e o quer que seja um jogador de basquete, foi bem construído para movimentar a nova história do personagem dos Looney Tunes.

Outro ponto que tem que ser citação é em relação aos gráficos (contém spoilers): durante o longa, o modo das animações vai mudando conforme a ambientação em que estão. Porém, em sua grande maioria, se prevalece o 2D usado nas últimas adaptações da animações, como o spin-off do Pernalonga. Em um determinado momento, no ápice da história, eles se transformam em 3D e com direito a uma crítica sobre a tecnologia. Nessa troca, há a passada da mensagem de que eles são melhores na versão 2D, pois se sentem mais confortáveis (tá, né?)

Para quem não se lembra, a última vez dos Lonney Tunes nos cinemas foi em 2003, com o filme “Looney Tunes: De Volta a Ação”, que foi bastante rejeitado pela crítica. De lá pra cá, deu para limpar a imagem da animação perante a isso e o segundo filme de “Space Jam” ajuda.

Porém, apesar de parecer uma perfeição, há um defeito: a falta de uma trilha original própria. Se no filme dos anos 90 tivemos “I Believe I Can Fly”, na sequência não há nada que chegue perto.

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