Teatro

Premiada versão musicada do clássico “O Bem Amado”, reestreia em junho

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Espetáculo tem letras e músicas de Zeca Baleiro e Newton Moreno, com direção musical de Marco França e traz no elenco Cassio Scapin, Eduardo Semerjian, Paulo de Pontes, Luciana Ramanzini, Kátia Daher, Lola Fanucchi, Ando Camargo, Magno Argolo, Heitor Garcia, Dan Maia, Roquildes Júnior, Bruno Menegatti e Daniel Warschauer

Criado no contexto das comemorações aos 100 anos do autor baiano Dias Gomes (1922-1999), o premiado O Bem Amado Musicado, dirigido por Ricardo Grasson, reestreia no dia 3 de junho no Teatro FAAP. O espetáculo segue em cartaz até 30 de julho, com apresentações às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

Com produção de Rodrigo Velloni, o trabalho estreou em 2022 e recebeu os prêmios Arcanjo de Cultura (destaque em teatro) e Prêmio DID (destaque em direção).

Escrita em 1962, “Odorico, o Bem Amado, ou Os Mistérios do Amor e da Morte” é considerada um clássico do teatro moderno brasileiro e ficou bastante conhecida pelo grande público ao ser adaptada na primeira telanovela exibida em cores no Brasil e a ser exportada.

A versão, exibida pela TV Globo em 1973, era dirigida por Régis Cardoso e estrelada por Paulo Gracindo, Lima Duarte, Jardel Filho, Sandra Bréa, Ida Gomes e outros grandes atores. “O Bem Amado é um marco do realismo fantástico brasileiro.

Dias Gomes toca com o sincretismo peculiaridade e maestria, em temas mais que atuais e fundamentais para a informação e a formação de gerações, como a crítica contestadora, o tom sarcástico e demagogo, a política, os costumes moralistas, a diversidade, religioso, a relação entre homens e o poder subversivo e todas as suas consequências”, reflete o diretor Ricardo Grasson.

Ele ainda conta como decidiu montar esta obra: “Foi em uma entrevista, em um canal na internet, que ouvi o Cassio (Scapin) contando da vontade de representar o personag em Odorico Paraguaçu, pela importância do autor e do texto na atual situação em que nós, como cidadãos e artistas, nos encontrávamos. “Liguei para o Cassio, nos conhecemos há alguns anos e durante este período de pandemia fizemos alguns trabalhos juntos, então fiz o convite: O que você acha de montarmos O Bem Amado? Ele disse sim!”.

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A comédia satiriza o cotidiano de Sucupira, uma cidade fictícia no litoral baiano, onde vive o político corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, ele se elege prefeito com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”.

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O grande problema é que não morre ninguém em Sucupira para que o cemitério seja inaugurado. E, para resolver esse dilema e não perder o apoio de seus eleitores, ele se alia ao terrível pistoleiro Zeca Diabo, que foi expulso da cidade. O que ele não sabe é que o matador não pretende matar mais ninguém, pois deseja virar um homem de Deus.Para trazer ao palco a pequena, seca, rude, litorânea e quente cidade de Sucupira, Grasson conta que procurou referências nas bases do realismo fantástico. “Somos inspirados pelos filmes de Federico Fellini, pela xilogravura nordestina moderna com influência de obras de artistas como Speto, pelo teatro popular brasileiro e pelos movimentos e desdobramentos da confecção dos livros ‘pop up’ (tipo de ilustrações em dobraduras de papel que saltavam dos livros)”, revela.

Ele ainda acrescenta que busca uma encenação de contornos populares, vibrantes, alegres e tipicamente brasileiros. “Queremos uma encenação enraizada na cultura nordestina brasileira, na interpretação e composição visceral dos atores e na linguagem de alcance direto, popular”.

E, sobre o processo de musicar a obra de Dias Gomes, o encenador comenta: “Incorporar na obra as músicas originais, somará nas nuances dramatúrgicas linguísticas típicas do autor, em brasilidades necessárias, transpondo para elementos e personagens da cultura nacional referências cotidianas e místicas, originárias nos personagens criados e descritos pelo autor”.

Sinopse

“O Bem-Amado”, de Dias Gomes é uma comédia que satiriza o cotidiano de uma cidade fictícia no litoral baiano. O “bem-amado” em questão é o corrupto e demagogo Odorico Paraguaçu, candidato a prefeito de Sucupira, adorado pela maior parte da população. Como não há um cemitério na cidade, o que obriga os moradores a enterrar seus mortos em municípios vizinhos, o político se elege com o slogan “Vote em um homem sério e ganhe um cemitério”. A grande questão para Odorico é que não morre ninguém para que o cemitério seja inaugurado. O prefeito resolve, então, lançar mão de todo tipo de artifício para não perder o apoio popular, até mesmo consentir a volta à cidade do terrível pistoleiro Zeca Diabo, com a total garantia de que ele não será preso. Há a esperança de que ele mate alguém e lhe arranje um defunto. O prefeito só não imaginava que Zeca Diabo volta a Sucupira disposto a nunca mais matar ninguém, pois quer virar um homem correto, um homem de Deus! No final da trama, é o próprio Odorico quem inaugura o cemitério, após ser morto com tiros por Zeca Diabo. Todos lamentavam-se. O prefeito Odorico tornou-se um mártir.

Ficha Técnica 

Autor: Dias Gomes

Direção: Ricardo Grasson

Produção: Rodrigo Velloni

Letras e Músicas: Zeca Baleiro e Newton Moreno

Arranjos: Zeca Baleiro e Marco França

Direção Musical e Música Original (Instrumental): Marco França

Cenário: Chris Aizner

Desenho de Luz: Cesar Pivetti

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Figurino: Fábio Namatame

Direção de Movimento e Coreografia: Katia Barros e Tutu Morasi

Designer Gráfico e ilustrações: Ricardo Cammarota

Fotografia: Ronaldo Gutierrez

Preparação Vocal: Marco França

Visagismo: Alisson Rodrigues

Adereços: Kleber Montanheiro

Diretor Assistente: Pedro Arrais

Designer de Som: Fernando Wada

Direção de Palco: Jones de Souza

Camareira: Luciana Galvão

Contrarregra: Eduardo Portella 

Assistente de Luz e Operador: Rodrigo Pivetti

Cenotécnico: Alicio Silva

Produção Executiva: Swan Prado

Assistente de Produção: Adriana Souza 

Captação, Criação de Conteúdo e Mídias Sociais: GaTú Filmes 

Assessoria de Imprensa: Pombo Correio

Assessoria Jurídica: Martha Macruz de Sá 

Gestão Financeira: Vanessa Velloni

Idealização: Ricardo Grasson, Heitor Garcia e Cassio Scapin

Realização: Velloni Produções Artisticas

Elenco:

Cassio Scapin

Eduardo Semerjian

Paulo de Pontes

Luciana Ramanzini

Kátia Daher

Lola Fanucchi

Ando Camargo 

Magno Argolo

Heitor Garcia

Roquildes Júnior

Músicos 

Dan Maia

Bruno Menegatti

Daniel Warschauer

Roquildes Júnior

Serviço

O Bem Amado Musicado 

Temporada: 3 de junho a 30 de julho, 

Às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h 

Teatro FAAP – Rua Alagoas, 903 – Higienópolis, São Paulo 

Ingressos: R$80 (inteira), R$40 (meia-entrada) 

Duração: 110 minutos 

Classificação etária: 12 anos 

Gênero: Comédia musicada 

Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida

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Nicole Gomez
Formada em Rádio e TV, sou uma apaixonada por Teatro Musical e acredito que a Cultura pode mudar vidas.

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