O carnavalesco e cenógrafo Mário Borriello morreu na noite deste sábado (11) no Rio de Janeiro aos 77 anos. O artista estava internado desde o último dia 6 de fevereiro no Hospital Casa Botafogo, na Zona Sul da capital fluminense, em virtude de uma infecção generalizada. As informações são do Canal Sapucaí.
Filho de uma família italiana, Borriello foi o responsável pelo desfile campeão do Acadêmicos do Salgueiro no carnaval de 1993, quando a escola encerrou um jejum de 18 anos sem conquistas apresentando o enredo “Peguei um Ita no Norte”, baseado na canção de Dorival Caymmi e embalado pelo clássico refrão “Explode coração na maior felicidade / É lindo o meu Salgueiro / Contagiando e sacudindo esta cidade” – o desfile completou 30 anos na última quarta-feira de cinzas. Antes, assinara o carnaval de 1992 (“O negro que virou ouro nas terras do Salgueiro”) e voltaria à agremiação para desenvolver os desfiles de 1997 (“De Poeta, Carnavalesco e Louco… Todo Mundo Tem Um Pouco!”) e 1998 (“Parintins, a Ilha do Boi-Bumbá: Garantido x Caprichoso, Caprichoso x Garantido”).
Outro desfile marcante assinado pelo carnavalesco foi “Uma Vez Flamengo…” na Estácio de Sá em 1995, quando o centenário do rubro-negro carioca foi celebrado na Marquês de Sapucaí. Boriello ainda passaria por escolas como União da Ilha do Governador, Império Serrano, Tradição e Porto da Pedra, onde assinou seu último carnaval, em 2008. Quatro anos antes, comentou o carnaval carioca pela Band, quando participou da transmissão do Desfile das Campeãs pela emissora. Fora dos desfiles, Mário foi cenógrafo-auxiliar na TV Globo, atuando na equipe de novelas como “Pai Herói” e “Marrom Glacê”, ambas produzidas em 1979, e dos infantis “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e “Pluct Plact Zum”.
De acordo com informações da família e de seu companheiro, Jefferson, o carnavalesco lutava há dois anos contra uma leucemia e sofreu um infarto no ano passado. O velório e o enterro de Borriello serão neste domingo, às 13h, na capela 2 do Cemitério São João Batista.