Crítica

Crítica – ‘A Suspeita’ traz elementos fortes em uma produção previsível em alguns momentos

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Em sua primeira exibição no 49º Festival de Cinema de Gramado, “A Suspeita” trouxe uma premissa que conseguiu misturar bem a trama policial com o alerta da doença de Alzheimer.

A história gira em torno de Lúcia (Glória Pires), uma policial que está prestes a se apresentar e que acontece duas coisas que acabam mudando a sua vida: o mal de Alzheimer e o fato de presenciar a morte de seu colega de trabalho em meio a investigação de tráfico de drogas em que policiais estão envolvidos. Com isso, Lúcia tenta provar a sua inocência após ser acusada como tê-lo matado.

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Trazer elementos fortes como esses em uma produção é arriscado, pois pode acabar que os dois sejam heterogêneos ao roteiro. Porém, o que acaba acontecendo é que ambos conseguem dialogar e impactar até, começando por Lúcia com a sua doença.

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Em média, segundo a Associação de Alzheimer no Brasil, a pessoa descobre que está com o mal aos 65 anos. Na produção, a protagonista está na faixa dos 50 anos. Ou seja, acaba trazendo um alerta de que Alzheimer pode ser sentindo antes da terceira idade, não sendo uma doença exclusiva em idosos. Alguns podem ficar surpresos, mas no momento em que vivemos, qualquer informação que seja para ajudar acaba soando importante.

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A outra é a corrupção na polícia do Rio de Janeiro. Apesar de ser forte, acaba não soando tão pesado, já que não há cenas fortes de violência conforme vimos em outros filmes do gêneros, dando destaque a Lúcia e a prova pela sua inocência do que pode ser o seu último caso. Em alguns momentos o roteiro sua previsível, mas a simpatia pela personagem da Glória Pires acaba falando mais alto. Inclusive, este é o primeiro filme em que a atriz também assina como produtora.

O filme chega aos cinemas em 2022.

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