Crítica

Crítica – ‘Alvorada’ traz um olhar íntimo sobre o impeachent de Dilma Rousseff

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Um filme com um olhar intimista no qual ninguém teve acesso em 2016: esse é “Alvorada”, o filme Anna Muylaert e Lô Politi que traz os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff, através do percepção acompanhando a ex-presidenta até o momento em que foi impedida de exercer o cargo.

A produção passeia por momentos em que Dilma tenta se reunir, chegando até ter algumas desavenças com a sua equipe, para se manter forte e ainda continuar como presidenta. É uma visão interessante e que com certeza irá nos trazer uma reflexão, pois quem viveu esta época, sabe que a grande mídia comprou a ideia do impeachment, ou como pode ser afirmado hoje, do golpe, já que Dilma foi inocentada em 2018 dos crimes de peladas fiscais, o que pautou a sua destituição durante o processo.

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Quem acompanhar a produção, vai ver até um alerta de gatilho: de um governo em que dialogava com diversas classes, tendo como prova disso o momento mostrado em que Dilma se reúne com o movimento feminista, no qual tem até uma representante indígena. Totalmente diferente do governo atual, que só pensa em cloroquina, ignorar as ofertas de vacina, atacar de blogueirinha revoltada e ajudar os seus aliados. Em entrevista ao jornal Hoje em Dia, Anna Muylaert contou que os momentos em que não foram mostrados são os de encontro político. Apesar disso, a ausência deste acontecimento não interfere na história, uma vez que quem acompanhou, sabe quais foram os aliados e quem não foi. Caso você não tenha vivido essa época, basta rever a votação na câmara dos deputados e no Senado.

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Aliás, falando na câmara, a primeira imagem em que é mostrada na produção é do Bolsonaro votando a favor do impeachment e elogiando o Coronel Brilhante Ustra, que torturou a Dilma durante a ditadura. Em fala ao mesmo jornal, Muylaerta conta que a escolha tem a ver com a vontade que o atual presente tem de humilhar.

Para quem viu “Democracia em Vertigem”, “Alvorada” tem a mesma linha, só que de um ponto de vista interno e altamente necessário e sem a emoção popular que há no documentário da Netflix indicado ao Oscar.

O longa estreia hoje nos cinemas e no VOD.

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