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Crítica: Cidade Invísivel volta com críticas e representatividade

Netflix Cidade Invisível (1)
Marco Pigossi e Alessandra Negrini são os protagonistas. Foto: Alisson Louback/Netflix
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Na próxima quarta (22), estreia a segunda temporada de “Cidade Invisível”, a série da Netflix criada pelo Carlos Saldanha, conhecido por dirigir a franquia de “A Era do Gelo” e “Rio”. O OA teve acesso aos três primeiros episódios e conta as primeiras impressões na crítica.

Quem for ver a segunda temporada da série, poderá esperar mais surpresas que na primeira e ainda um clima diferente.

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Agora, após um salto no tempo, Luna (Manu Dieguez) e a Cuca (Alessandra Negrini) estão em busca atrás do pai da jovem, o Eric (Marco Pigossi), no Belém do Pará. Lá, eles acabam tendo um imprevisto em que tem que lidar com a preservação ambiental e outros motivos.

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Nesse ponto, vale o destaque da preservação, ainda mais em uma região que nos últimos anos foi bastante afetada por conta do desmatamento e do garimpo ilegal. Isso torna até os novos episódios mais críticos que os primeiros lançados no ano passado. Sem falar que trás ainda mais um sentido a série, uma vez que os personagens do folclore brasileiro são tidos como “amigos da natureza”.

Além disso, um ponto que também merece destaque é a representatividade de atores indígenas em seus papéis, algo que ainda é raro na TV brasileira mesmo com os avanços da sociedade. Ter esses atores em papéis não estereotipados demonstra que estamos caminhando para produções mais plurais em termos de etnias.

A chegada de atores novos também é um ponto que merece uma observação: desta vez, temos a Letícia Spiller em papel que foge do seu estereótipo de loira, como a Babalu de “Quatro Por Quatro”, ou de vilã rica, como a Viviane de “Senhora do Destino” e a Maria Regina de “Suave Veneno”. Porém, em seu papel interpretando a bruxa folclórica Matinta Perera está se saindo muito bem, uma vez que sabe se dar bem com o papel de vilã.

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Outra atriz que também merece destaque é a Simone Spoladore, que interpreta uma juíza corrupta e que vive um relacionamento absuivo com o personagem do ator Tatsu Carvalho. A personagem ainda tem um segredo que promete uma cena para lá de polêmica, mas que explica o seu famoso castigo conforme a sua lenda no folclore brasileiro.

Vale destacar também a nostalgia que a produção poderá dar, uma vez que, seja quem for fã de novelas ou não, será impossível não associar o Marco Pigossi com o seu personagem em “A Força do Querer“, o Zeca. Ele era da mesma região e era apaixonado pela Ritinha (Isis Valverde), adepta do “sereismo” e tida como “filha do boto” por conta da famosa lenda de que o Boto-Cor-de-Rosa se transforma em homem durante a noite.

Em relação aos efeitos especiais, eles continuam com a mesma qualidade técnica que na primeira temporada, enaltecendo ainda mais a produção. Já em relação ao roteiro, continua empolgante e com ganchos que vão prender o telespectador.

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